quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

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domingo, 6 de maio de 2012

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domingo, 4 de julho de 2010

Um fotógrafo Popular

Nesta entrevista em vídeo, dividida em 3 partes, falamos com Adair Aguiar, autor das fotos que ilutram o post "Perspectiva(?)".

Adair tem 25 anos. Nasceu e cresceu no Complexo do Alemão. Em 2005, fez um curso de fotografia no instituto Telemar, atual Oi Kabum. Atualmente ele atua em diversos projetos relacionados a fotografia no Observatório de Favelas, como a Agencia Fotográfica Imagens do Povo, e cursa Jornalismo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.




Um dos aspectos mais interessantes da atuação de Adair e outros "fotógrafos populares" é a constante preocupação em não só produzir material com um olhar diferente sobre a periferia, mas também ensinar a população pobre a utilizar estes métodos para se expressar:



Recentemente Adair fez parte de uma parceria entre diversas associações, como o Observatório de Favelas, o Afroreggae e a Central Única de Favelas (Cufa), chamado Rebelião Cultural. As organizações levaram a presídios do Rio cursos de cinema, fotografia, teatro, e Adair deu aulas no complexo de Bangu, Talavera Bruce (feminino) e outros:



Veja outras imagens de Adair no seu Flickr, e de outros Fotógrafos Populates no site da Agência Fotográfica Imagens do Povo.

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Perspectiva(?) - um menino pobre numa favela carioca

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Perspectiva(?)

O dia de Wendel começa como o de muitos moleques de 12 anos, sendo acordado praticamente à força para ir à escola de manhã. Ele mora na entrada do Morro da Coroa, no Catumbi, mas sua história se repete nas centenas de favelas cariocas.


Menino brincando na favela Nova Holanda. Foto: Adair Aguiar

Ele vai à escola porque é obrigado pela família, e também porque gosta de encontrar os amigos, fazer bagunça e jogar bola. Para ele estudar é muito chato, as matérias não fazem sentido, as professoras são desinteressadas, dentro de sala não tem nenhum atrativo.

Wendel só vai à escola porque tem que ir, e está com dificuldades para passar de ano desde que acabou a aprovação automática. Cursando o 5º ano, antiga quarta série, ele mal sabe ler uma frase inteira.

Na verdade poucos chamam Wendel pelo seu nome, talvez só os professores mesmo. Na maior parte do tempo ele atende pelo apelido de Miúdo, por causa de seu tamanho.

Miúdo aparenta ter no máximo 8 anos, é realmente muito pequeno para a sua idade. Ele às vezes sofre com seus amigos, mas também sabe tirar algum proveito do seu tamanho e sua cara.


A diversão trascende as dificuldades, menino brinca com sacola de mercado no morro do Alemão. Foto: Adair Aguiar

Quando sai da escola Miúdo fica livre, solto na rua. Pode fazer o que quiser, e não tem nada para fazer. Fica andando pela rua, joga bola, brinca com amigos. Quando está calor, ele pede um trocado dos vizinhos que moram numa casa grande que fica no começo da rua.

Geralmente Wendel usa o dinheiro pra tomar uma coca-cola, jogar no fliperama, ou, se estiver muito quente, dar um mergulho na piscina do outro vizinho. É que outro vizinho tem uma casa de festas, com uma piscina grande, que quando não é usada é “alugada” aos moleques que moram na rua por um ou dois reais o mergulho.


Pequeno jogador posa com bola na mão no Conjunto habitacional Bandeirantes, no Recreio. Foto: Adair Aguiar

Wendel é o segundo de quatro irmãos. O mais velho tem 14 anos, a irmã tem 5 e tem um menor de 2. O pai era traficante e está preso. Seu irmão mais velho, Jonathan, já deixando para trás a inocência da infância, gasta seu tempo livre, que é grande, andando pela favela, geralmente fica em alguma boca-de-fumo conversando, olhando as armas e as meninas. Ultimamente Jonathan tem andado bastante revoltado e nem à escola tem ido mais.

Miúdo gosta mesmo é de jogar bola, andar de bicicleta, pular na piscina. Para a pergunta que fica é: Até quando?


A menina brinca numa rede amarrada num alambrado numa quadra de futebol no Alemão. Foto: Adair Aguiar

As fotos dos “Miúdos” que ilustram esta matéria são do fotógrafo Adair Aguiar, nascido e criado no Complexo do Alemão. Hoje ele dá aulas de fotografia e participa de diversos projetos em comunidades carentes. Conheça melhor a história e o trabalho deste "Fotógrafo Popular".

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fazendo e Aprendendo - A transformação na vida de jovens

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Associação Beneficente São Martinho (ABSM), são parceiras desde 1996 no projeto Fazendo e Aprendendo.

De acordo com Elaine Lucia, responsável pelo projeto, sua principal finalidade é promover a educação para o trabalho e práticas de cidadania para os adolescentes em situação de risco social, entre 16 e 18 anos de idade. Um dos pré-requisitos é de que os jovens freqüentem a escola.

O Fazendo e Aprendendo existe desde 1996, e já atendeu a centenas de jovens que tiveram a oportunidade de entrar no mercado de trabalho.


Jovens assistem a palestra do projeto

Quando o adolescente completa 18 anos, ele sai do projeto, dando lugar para outros jovens, que são escolhidos através de uma seleção. No ano de 2009 aconteceram dois processos seletivos, totalizando 232 candidatos para 26 vagas.

Na sua maioria, os jovens participantes são moradores do entorno da Fiocruz, das comunidades de Manguinhos, Jacaré, Mandela e Maré, uma das regiões mais pobres e violentas do Rio de Janeiro, conhecida como “Faixa de Gaza”.

Para se ter uma idéia, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desta região é de 0,726, próximo ao de países como o Gabão, enquanto que em bairros como a Gávea o índice fica próximo de países como a Noruega.

Leia também (link externo): Com IDH africano, Favela do Mandela vive apartheid social no Rio

Os jovens têm um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, participando durante o ano de diversas atividades culturais e educativas, como visitas a museus e palestras sobre temas como drogas, direitos e sexualidade.

Com a inserção no mercado de trabalho os adolescentes têm uma oportunidade de mudar de vida, construindo um novo futuro com as próprias mãos.


Jovens que trabalham na unidade Biomanguinhos, de produção de medicamentos. Foto: Divulgação

Para o jovem Gilberto Rodrigues, que saiu do projeto no final de novembro, a oportunidade que ele teve mudou sua vida. “Foi muito importante ter participado do Fazendo e Aprendendo. Antes eu não era do jeito que sou hoje, o projeto me abriu muitas portas. Hoje eu me sinto mais preparado para entrar no mercado de trabalho”, conta o jovem.

Outra ex-participante do projeto, Aline Freitas, que começou a trabalhar na Fiocruz em 2006 e hoje é contratada da Diretoria de Recursos Humanos da instituição, conta que o projeto mudou sua vida.

“Lá eu tive o apoio de pessoas maravilhosas, assistentes sociais e psicólogas; pessoas que foram fundamentais no meu desenvolvimento pessoal e profissional. Foi ali que eu comecei a querer buscar o meu crescimento, me motivando a estudar sempre, a aprender sempre mais”, relata Aline.

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