quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fazendo e Aprendendo - A transformação na vida de jovens

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Associação Beneficente São Martinho (ABSM), são parceiras desde 1996 no projeto Fazendo e Aprendendo.

De acordo com Elaine Lucia, responsável pelo projeto, sua principal finalidade é promover a educação para o trabalho e práticas de cidadania para os adolescentes em situação de risco social, entre 16 e 18 anos de idade. Um dos pré-requisitos é de que os jovens freqüentem a escola.

O Fazendo e Aprendendo existe desde 1996, e já atendeu a centenas de jovens que tiveram a oportunidade de entrar no mercado de trabalho.


Jovens assistem a palestra do projeto

Quando o adolescente completa 18 anos, ele sai do projeto, dando lugar para outros jovens, que são escolhidos através de uma seleção. No ano de 2009 aconteceram dois processos seletivos, totalizando 232 candidatos para 26 vagas.

Na sua maioria, os jovens participantes são moradores do entorno da Fiocruz, das comunidades de Manguinhos, Jacaré, Mandela e Maré, uma das regiões mais pobres e violentas do Rio de Janeiro, conhecida como “Faixa de Gaza”.

Para se ter uma idéia, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desta região é de 0,726, próximo ao de países como o Gabão, enquanto que em bairros como a Gávea o índice fica próximo de países como a Noruega.

Leia também (link externo): Com IDH africano, Favela do Mandela vive apartheid social no Rio

Os jovens têm um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, participando durante o ano de diversas atividades culturais e educativas, como visitas a museus e palestras sobre temas como drogas, direitos e sexualidade.

Com a inserção no mercado de trabalho os adolescentes têm uma oportunidade de mudar de vida, construindo um novo futuro com as próprias mãos.


Jovens que trabalham na unidade Biomanguinhos, de produção de medicamentos. Foto: Divulgação

Para o jovem Gilberto Rodrigues, que saiu do projeto no final de novembro, a oportunidade que ele teve mudou sua vida. “Foi muito importante ter participado do Fazendo e Aprendendo. Antes eu não era do jeito que sou hoje, o projeto me abriu muitas portas. Hoje eu me sinto mais preparado para entrar no mercado de trabalho”, conta o jovem.

Outra ex-participante do projeto, Aline Freitas, que começou a trabalhar na Fiocruz em 2006 e hoje é contratada da Diretoria de Recursos Humanos da instituição, conta que o projeto mudou sua vida.

“Lá eu tive o apoio de pessoas maravilhosas, assistentes sociais e psicólogas; pessoas que foram fundamentais no meu desenvolvimento pessoal e profissional. Foi ali que eu comecei a querer buscar o meu crescimento, me motivando a estudar sempre, a aprender sempre mais”, relata Aline.

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